Um homem começou a frequentar reuniões religiosas e disse ao pastor que gostaria de se tornar cristão.
– Muito bem. E qual é o problema?
O homem ficou agitado, e finalmente confessou:
– O problema é que saquei mais dinheiro do que podia – uma maneira polida de dizer que havia roubado.
– Você sacou o dinheiro do seu patrão?
– Sim.
– Quanto?
– Não sei. Nunca fiz as contas.
– Bem, você acha que roubou em torno de cinco mil reais no ano passado?
– É, creio que é mais ou menos isso.
– Então preste atenção: eu não acredito em mudança instantânea. Não roube mais de três mil reais este ano, e no próximo ano não mais de dois mil. No decorrer dos próximos cinco anos vá diminuindo o desfalque até não roubar mais nada. Se o seu patrão o pegar, diga-lhe que você está se convertendo gradualmente.
Vejamos outro exemplo: um homem assistiu às reuniões e admitiu que ficava bêbado e batia na esposa uma vez por semana. Ele desejava se converter. O pregador então lhe deu o seguinte conselho: “Não tenha pressa. Acredito que as coisas devam ser feitas aos poucos. A partir de agora, só fique bêbado e bata na esposa uma vez por mês.” Não seria animador para sua esposa ser nocauteada apenas uma vez por mês, ou doze vezes por ano?
Isso não existe. Essas ilustrações são fantasiosas. A Bíblia diz: “Vai e não peques mais” (Jo 8:11). A mudança tem de ser imediata. A conversão é instantânea e a mudança de vida também. Um homem pode ser criminoso num momento e santo no outro. É verdade que o crescimento espiritual é gradativo, assim como o crescimento físico. A santificação é obra de uma vida inteira. Mas a pessoa passa da morte para a vida tão rápido quanto sua decisão de seguir a Cristo. Quando Zaqueu se converteu, Cristo declarou: “Hoje, houve salvação nesta casa” (Lc 19:9).
Mude já.