quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A INTERPRETAÇÃO DE CONFERÊNCIAS

Como a terminologia utilizada na Interpretação não é de amplo domínio dentre aqueles que não se dedicam a essa atividade, aqui está uma breve explicação dos termos comumente utilizados.

A modalidade consecutiva é aquela em que o intérprete escuta um longo trecho de discurso, toma notas e, após a conclusão de um trecho significativo ou do discurso inteiro, assume a palavra e repete todo o discurso na língua-alvo, normalmente a sua língua materna.

A modalidade intermitente (ou “sentence-by-sentence”) não é comumente estudada por pesquisadores da área, nem é utilizada por profissionais em eventos de caráter internacional. É vista mais freqüentemente em reuniões nas quais se pede a uma pessoa que fala as duas línguas, via de regra sem qualquer treino em interpretação, para que se coloque ao lado de um palestrante estrangeiro e traduza o que ele está dizendo. O palestrante fala uma ou duas frases curtas e faz uma pausa para que as suas sentenças sejam traduzidas para o idioma da platéia.

A modalidade simultânea é a mais amplamente utilizada hoje em dia. Nessa modalidade, os intérpretes – sempre em duplas – trabalham isolados numa cabine com vidro, de forma a permitir a visão do orador e recebem o discurso por meio de fones de ouvido. Esse é um princípio básico do processo da interpretação simultânea, em que os intérpretes continuam a insistir hoje em dia, uma vez que dependem das expressões faciais e outros movimentos corporais tanto quanto das próprias palavras sendo proferidas, para terem uma compreensão global do sentido da mensagem. Ao processar a mensagem, re-expressam-na na língua de chegada por meio de um microfone ligado a um sistema de som que leva sua fala até os ouvintes, por meio de fones de ouvido ou receptores semelhantes a rádios portáteis. Essa modalidade permite a tradução de uma mensagem em um número infinito de idiomas ao mesmo tempo, desde que o equipamento assim o permita.


(texto retirado do artigo criado por Reynaldo Pagura: A INTERPRETAÇÃO DE CONFERÊNCIAS: INTERFACES COM A TRADUÇÃO ESCRITA E IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE INTÉRPRETES E TRADUTORES)

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